Em um cenário onde a privacidade do consumidor está cada vez mais em evidência e as regulamentações se tornam mais rigorosas, as empresas precisam encontrar novas formas de coletar dados para melhorar a assertividade de suas ações de marketing.
É nesse contexto que surge o conceito de Zero-Party Data. Mas o que significa esse termo e como ele pode mudar a forma como as empresas interagem com seus clientes e captam dados?
Neste artigo nós trouxemos informações relevantes e que ajudam no entendimento deste conceito, assim como a sua função e como funciona a captação desse tipo de dados.
Tabela de Conteúdo:
O que é Zero-Party Data?
Diferente dos First-Party, Second-Party e Third-Party Data, que são dados coletados de forma indireta ou sem o consentimento explícito do consumidor, o Zero-Party Data é composto por informações que o próprio cliente escolhe compartilhar com a empresa.
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Esses dados incluem preferências, interesses, comportamentos e feedbacks, coletados de forma transparente e ética. Por exemplo: Uma loja online de moda deseja oferecer recomendações personalizadas de roupas e acessórios aos seus clientes.
Para isso, a loja cria um quiz interativo em seu site ou aplicativo, perguntando sobre o estilo de moda preferido do cliente, cores favoritas, ocasiões para as quais geralmente compram roupas (trabalho, lazer, eventos especiais, etc.), e o tipo de peças que mais gosta (vestidos, calças, acessórios, etc.).
Após completar o quiz, o cliente recebe uma página personalizada com sugestões de produtos baseadas nas respostas fornecidas. Esses dados são armazenados pela loja para que, em futuras interações, possam oferecer recomendações ainda mais refinadas e promoções específicas.
Além de receber recomendações mais relevantes, o cliente pode se sentir valorizado, pois a loja está mostrando interesse genuíno em suas preferências e necessidades.
Já a empresa obtém dados valiosos diretamente dos clientes, que podem ser usados para personalizar a experiência do usuário, melhorar as estratégias de marketing e aumentar a satisfação e fidelização dos clientes.
Por que o Zero-Party Data é importante?
Entender o comportamento e as preferências dos usuários é essencial para empresas que buscam atrair e converter consumidores de maneira eficaz.
Com essas informações fornecidas pelo próprio cliente, as equipes de marketing e vendas podem personalizar campanhas com maior precisão, superando as limitações dos dados impessoais e fragmentados..
O Zero-Party Data se destaca nesse contexto por ser fornecido diretamente pelos próprios usuários, permitindo o acesso a dados mais precisos e relevantes. Além disso, sua aplicação não se restringe ao ambiente digital.
Em lojas físicas, por exemplo, os clientes podem compartilhar seu estilo pessoal, possibilitando sugestões de produtos mais adequados. Assim, a personalização baseada no Zero-Party Data se torna mostra como algo crucial para criar experiências direcionadas a cada cliente.
Benefícios do Zero-Party Data
Personalização
Compreender as preferências dos clientes permite oferecer experiências que aumentam a satisfação e a fidelização. A personalização torna mais pessoal o contato com o cliente, criando um sentimento de proximidade com a marca, além de um sentimento de valorização.
Melhoria da experiência do cliente
Coletar informações diretamente dos clientes demonstra respeito e valorização, contribuindo para uma experiência muito mais positiva.
Otimização de campanhas de marketing
Dados precisos, como aqueles oferecidos pelo próprio cliente, permitem campanhas mais eficazes, com maior retorno sobre o investimento. Atualmente muitas campanhas são tagueadas por meio de possíveis interesses e por meio de lookalike, mas nada é tão certeiro quanto os dados Zero-Paty.
Construção de relacionamentos mais fortes
A troca voluntária de informações, considerando que a marca explicite o benefício do cliente e para o que aquilo será usado (os dados), fortalece relacionamentos baseados na confiança e na transparência.
Conformidade com as regulamentações
O Zero-Party Data atende às regulamentações de privacidade, como a LGPD, por ser obtido com consentimento explícito. Então não é algo que oferece um "benefício falso" (baixar um ebook, por exemplo), que capta os dados da pessoa, apenas pelo desejo de poder baixar aquilo, sem explicar o motivo e para que será usado.
Como Coletar Zero-Party Data?
Existem diversas formas de se coletar, como:
Questionários e pesquisas
Crie pesquisas curtas e objetivas para coletar informações sobre as preferências e necessidades dos seus clientes. Assim, cria um senso de valorização e cuidado, pois passa a ideia de que a marca se preocupa em entender o que o cliente gosta e prefere consumir.
Quizzes e testes de personalidade
Utilize quizzes e testes divertidos para coletar dados de forma engajadora. Quem é que nunca fez aqueles quizzes do Facebook ou aqueles de sites que prometem mostrar qual a inicial do amor verdadeiro? Isso gamifica o processo e deixa mais descontraído e divertido.
Programas de fidelidade
Ofereça benefícios exclusivos para os clientes que se inscrevem em seus programas de fidelidade e colete informações adicionais nesse momento. Quando o cliente percebe o benefício real daquilo, ele prontamente aceita o envio dessas informações.
Personalização de produtos e serviços
Ofereça opções de personalização de produtos e serviços para coletar informações sobre as preferências dos clientes. Qual o ponto positivo de comercializar algo que não agrada o público alvo e que não está alinhado às preferências e desejos. Isso faz toda a diferença.
Chatbots e assistentes virtuais
Utilize chatbots e assistentes virtuais para interagir com os clientes de forma personalizada e coletar informações relevantes. Isso passa a ideia de um atendimento mais completo. O que não pode ocorrer é
Implementando uma Estratégia de Zero-Party Data
A coleta é apenas o início da jornada dos dados Zero-Party. Para aproveitar todo o potencial deste tipo de dado, é necessário implementá-los de forma estratégica e criar uma cultura de valorização do cliente dentro da organização.
Não se pode criar uma estratégia de Zero-Party Data sem colocar o cliente no centro. Ele [o cliente] precisa entender que queremos melhorar a experiência, oferecer algo mais personalizado e dentro da realidade dele.
Construindo Confiança e Transparência
Para incentivar os clientes a compartilhar seus dados, é fundamental construir uma relação de confiança. Seja transparente sobre como os dados serão utilizados e ofereça benefícios claros em troca das informações compartilhadas.
- Comunicação clara: Explique aos clientes como seus dados serão utilizados e quais benefícios eles terão ao compartilhá-los. Como o exemplo das recomendações de roupas dado no início deste conteúdo, o cliente percebe que ao passar os dados receberá curadorias de peças que mais fazem sentido.
- Privacidade e segurança: Garanta a segurança dos dados e demonstra compromisso com a privacidade dos clientes. Passe confiança e segurança a eles.
- Cumprimento das regulamentações: Esteja em conformidade com as leis de proteção de dados, como a LGPD. Em hipótese alguma tente burlar essas leis. Isso pode gerar uma imagem ruim da empresa e até mesmo problemas jurídicos.
Criando Experiências Personalizadas
O Zero-Party Data é a base para criar experiências verdadeiramente personalizadas. As empresas podem fornecer produtos, serviços e comunicações pertinentes ao conhecer profundamente as preferências e necessidades dos clientes.
- Segmentação avançada: Utilize os dados para segmentar os clientes em grupos mais específicos e oferecer experiências personalizadas. Por exemplo, se possui uma loja de vinhos online, pode segmentar grupos que preferem vinhos de certas safras, ou mesmo vinhos nacionais e importados.
- Recomendações inteligentes: Oferece recomendações de produtos e serviços baseadas nas preferências dos clientes. Entregar ofertas que façam sentido com os gostos pessoais de cada um, faz toda a diferença
- Comunicação personalizada: Envie mensagens e ofertas personalizadas por meio de diferentes canais. Hoje os clientes não estão presentes em um só canal, mas em vários. Redes sociais, emails, redes de buscas e muitos outros podem ser usados.
Integração com Outros Dados
O Zero-Party Data não deve ser utilizado sozinho. Ao integrá-lo com outros tipos de dados, como dados de primeira e terceira partes, é possível obter uma visão ainda mais completa do cliente.
- Enriquecimento de dados: Combine ele com outras fontes de informação para criar perfis de clientes mais completos.
- Otimização de campanhas: Utilize os dados combinados para otimizar as campanhas de marketing e aumentar o retorno sobre o investimento.
Desafios e Considerações
Implementar essa estratégia requer uma mudança cultural dentro da organização. Alguns desafios podem surgir:
- Resistência à mudança: Alguns departamentos e segmentos podem ser resistentes à adoção de novas práticas.
- Investimento em tecnologia: É necessário investir em ferramentas e tecnologias para coletar, armazenar e analisar os dados. Para alguns empreendedores pode ser algo inviável ou desnecessário, pois não veem o lado positivo.
- Proteção de dados: Garantir a segurança dos dados é uma preocupação constante. Precisa deixar claro o motivo do uso dos dados e como serão tratados e armazenados. O cliente precisa estar ciente sobre tudo que envolve seus dados.
O Futuro do Zero-Party Data
Esta é uma tendência que veio para ficar. As regulamentações de privacidade se tornam mais rigorosas e os consumidores se tornam mais conscientes de seus dados. As empresas que adotarem essa estratégia terão uma vantagem competitiva significativa no mercado.
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Ao investir em confiança, transparência e personalização, as empresas têm a oportunidade de fortalecer seus laços com os clientes e obter resultados muito mais satisfatórios, que outros tipos de dados não possibilitam.
Empresas que utilizando Zero-Party Data
Sephora
A Sephora, uma das maiores redes de cosméticos do mundo, utiliza quizzes interativos para coletar Zero-Party Data dos seus clientes. Por exemplo, a empresa oferece um teste de beleza em seu site que pergunta sobre as preferências de maquiagem e cuidados com a pele dos clientes.
Com base nas respostas, a Sephora recomenda produtos específicos que atendem às necessidades e gostos individuais, criando uma experiência de compra altamente personalizada.
Spotify
O Spotify utiliza Zero-Party Data coletado diretamente dos usuários para criar playlists personalizadas. Ao pedir que os usuários selecionem seus gêneros e artistas favoritos ao configurar suas contas, o Spotify consegue gerar listas de reprodução diárias e recomendações de músicas que se alinham com os gostos pessoais de cada usuário.
Esse uso eficaz de Zero-Party Data não apenas melhora a experiência do usuário, mas também aumenta a lealdade ao serviço.
Netflix
A Netflix é conhecida por seu uso de dados para personalização, mas também utiliza Zero-Party Data de maneira eficaz. Quando novos usuários se inscrevem, a plataforma pergunta sobre seus gêneros de filmes e séries favoritos.
Com essas informações, a Netflix cria uma experiência de visualização altamente personalizada desde o primeiro acesso, recomendando títulos que se alinham com os interesses do usuário.
Principia
A marca de dermocosméticos tem se sobressaído no mercado atualmente. A forma que captam dados Zero-Party é bem otimizada, já no início do contato com o cliente. Logo que a pessoa acessa o site tem a opção de responder um quiz, em que insere dados como o tipo de pele e o que gostaria de tratar, etc. Assim, é feita uma seleção dos melhores produtos da marca para o objetivo de cada indivíduo .
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Conclusão
Em um mundo cada vez mais digital e orientado para o cliente, o Zero-Party Data se torna um ativo estratégico para as empresas. Ao coletar dados diretamente dos clientes de forma transparente e ética, as empresas podem personalizar as experiências, melhorar a satisfação do cliente e construir relacionamentos duradouros.
O Zero-Party Data é a chave para o futuro do marketing. Ao investir nessa estratégia, as empresas podem se destacar no mercado e construir um relacionamento mais próximo e duradouro com seus clientes.