Introdução

Já há alguns anos o Instagram figura entre as redes sociais mais usadas do mundo, onde se localiza na 3ª posição, atrás apenas do YouTube e do WhatsApp (o aplicativo de mensagens ocupa o topo em basicamente todas as faixas etárias). Seja pela grande variedade de funções, as constantes atualizações e novidades, ou pelo apelo jovial e atual em que se mantém desde o seu lançamento, a rede social conseguiu se estabelecer no mercado. Parece que o objetivo do Facebook foi atingido com sucesso.

Isso pode ser visto pelo número de usuários da rede: são mais de 1,45 bilhão de usuários ativos e que usam a plataforma. Para se ter uma noção, esse número representa cerca de 20,71% dos 7 bilhões de seres humanos que habitam a terra. É quase como se ⅕ das pessoas, no mundo, usassem o Instagram.

Toda essa visibilidade e popularidade fez da rede social, também, uma das mais procuradas pelas marcas para conversar com seu público, se manter ativa e presente, para não correr o risco ser esquecida. Um dado que ilustra bem isso é que as marcas postam conteúdo com mais frequência no Instagram do que no TikTok, que nos últimos 2 anos tem se popularizado muito e mesmo assim ainda não atingiu o nível do “Insta”.

Outro ponto interessante de se falar aqui é que em todo o mundo, o Instagram é a rede social que mostra um poder de engajamento muito mais forte do que no Facebook, gerando a cada 1.000 impressões cerca de 32 interações (curtidas, comentários, compartilhamentos, mensagens, etc) que foram registradas apenas no segundo trimestre deste ano de 2022. Apenas essas informações já ilustram bem o quão grandioso é o poder que esta rede social possui no mundo atualmente.

A queridinha da geração Z

Jovens da geração Z olhando o Instagram no celular

Segundo um estudo, que foi realizado pela HSR - Specialist Researchers — empresa especializada em pesquisas de mercado — o Instagram é a rede social favorita dos jovens brasileiros da geração Z, com idade entre 18 e 25 anos. A pesquisa foi feita com uma amostra de 1000 pessoas das classes A, B e C, que vivem nas maiores e mais movimentadas capitais do país.

Nos números obtidos com a pesquisa, o “Insta” — como é chamado carinhosamente por eles — aparece em 62% das citações, seguido por Twitter e TikTok, que figuram ambos com 19% de preferência para esses jovens, que compõem a faixa etária de 18 a 25 anos.

Nesse cenário vemos que o Instagram segue realmente disparado na disputa pela preferência desse público, o que nos mostra o quão relevante esse ambiente é para marcas que querem falar com a geração Z.

Fica evidente que os jovens gostam de ambientes mutáveis, como é o do Instagram, que está sempre mudando, atualizando e implementando novas funções. Se fizermos uma análise do histórico da rede social em um período de 6 anos, muitas das novidades que foram trazidas envolviam tendências de mercado que esses jovens vinham mais consumindo.

Uma rede social antenada ao mercado

App do Instagram quando foi lançado em 2010, ao lado do Facebook, Twitter e outras redes sociais

Quando surgiu lá em meados de 2010, o Instagram já chegou com o apelo das imagens, que era uma tendência das redes sociais mais usadas da época. Orkut, Facebook, MySpace, Tumblr, Flickr e algumas outras, todas elas já permitiam o compartilhamento das imagens. Mas na rede social, era diferente. As imagens possuíam um apelo diferente, não eram apenas fotos comuns.

Havia um estilo específico que apenas aquele ambiente trazia para a foto, o que foi intensificado com as possibilidade de edição e colocação de filtros nas fotos, que deixavam elas totalmente diferenciadas e que poderiam facilmente serem identificadas como “uma imagem do Instagram”, e os jovens já apreciavam a estética. Era legal, era cool, era “jovem”.

Isso foi sendo intensificado ao longo dos anos e acompanhando o mercado, seguindo as tendências, o que estava em alta e deveria ser acompanhado. Veja abaixo uma breve linha do tempo que mostra como foram essas implementações ao longo do tempo:

  • 2010 - Compartilhamento de imagens
  • 2012 - Lançamento da aba explorar
  • 2013 - Lançamento dos vídeos no feed (seguindo a tendência dos vídeos)
  • 2016 - Lançamento do Instagram Stories (seguindo tendência do SnapChat) e lançamento das transmissões ao vivo (tendência vinda do YouTube)
  • 2017 - Lançamento dos posts com até 10 imagens ou vídeos
  • 2018 - Lançamento do IGTV (uma forma de concorrer com o YouTube)
  • 2019 - Remoção da visualização da quantidade de curtidas (saúde mental em alta)
  • 2020 - Lançamento dos Reels (tendência de vídeos curtos do TikTok) + Instagram shopping (tendências do e-commerce)
  • 2021 - Lançamento das collabs + link nos stories + legendas automáticas e tradução dos stories + Lives com 4 integrantes
  • 2022 - Monetização de conteúdo (tendência dos influencers) + novo feed + fixação de posts no perfil + agendamento de posts

Viu só? Muitas novidades ao longo dos anos. Os jovens adoram ficar antenados e por dentro de tudo o que está em alta no mercado, de testar as novidades e usar as novas ferramentas. Talvez essa preocupação, cuidado e atenção da Meta (antes Facebook) seja a chave para o sucesso da rede social no mundo e principalmente entre os jovens.

Algoritmo inteligente

Pessoa rolando o feed do Instagram enquanto toma um café

Todas as redes sociais possuem algoritmos — ferramentas que trabalham constantemente para identificar conteúdos que devem ser entregues e mostrados. São eles que controlam o que será impulsionados, os feeds que serão alavancados, que controlam quais conteúdos terão bons resultados, receberão mais atenção, curtidas e engajamento no geral.

O Instagram, entretanto, possui um algoritmo muito eficiente que personaliza todos os conteúdos que aparecem para uma pessoa. O motivo disso ser considerado um ponto relevante é que torna o perfil de cada pessoa único e personalizado. Sendo assim, tudo o que aparecerá para alguém, terá a ver com os gostos, o que gosta e o que tem visto ultimamente e o que realmente interessa para aquela pessoa.

Imagina se os usuários do Instagram abrissem seus perfis e vissem vários conteúdos que não gostam, não procuraram ou não querem ver? Provavelmente não seria uma das redes sociais mais utilizadas e querida entre os jovens, principalmente.

Esse é um dos motivos pelos quais os jovens da geração Z têm a rede social como a preferida. Eles gostam de experiências personalizadas, que tenham a ver com aquilo que eles gostam, acreditam, querem ver e buscam por. Se gostam de um artista, irão adorar receber vários conteúdos relacionados a ele, se gostam de jogos, irão gostar de receber conteúdos relacionados a esses jogos.

É tudo sobre ter uma boa (e personalizada) experiência. Fazer o indivíduo sentir que aquilo tem a ver com ele e foi feito para ele.

Altamente visual

Pessoa olhando imagens estilosas no feed do Instagram

O apelo visual do Instagram já nasceu com a rede social, desde quando foi lançado. As imagens do Insta sempre chamaram atenção pelo estilo que sempre tiveram. Os filtros, as bordas, os efeitos de envelhecimento, tudo isso chamava a atenção dos mais jovens, que queriam testar, postar, ter um perfil com aquele tipo de visual.

Isso já é algo inerente ao ser humano: somos todos voltados ao apelo visual. É um dos sentidos que mais funcionam e que mais nos atrai. Já dizia aquela famosa frase: “uma imagem vale mais que mil palavras” e é realmente assim.

Quando se trata dos jovens da geração Z, eles possuem um apreço muito grande por aquilo que é atrativo aos olhos, é bonito, atual, moderno, dinâmico e diferente. E é isso que o Instagram vem fazendo por mais de 10 anos, todos os anos: tornando a rede cada vez mais atrativa e “viciante”.

Marcas que querem conversar com esse público devem, obrigatoriamente, ter perfis ativos dentro da plataforma e criar conteúdos que sejam do interesse deles. Ali é onde se pode conversar abertamente, criar um vínculo, uma relação direta com eles.

O paraíso da influência

Um influenciadora digital arrumando o equipamento para gravar conteúdo para seus seguidores

Já viu algum influenciador que não possui um perfil no Instagram? Que não posta vários stories durante o dia, mostrando o dia a dia, as viagens, eventos, perrengues e tudo aquilo que deixa as pessoas vidradas e entretidas? Ou um influenciador que não posta as dancinhas das músicas que estão em alta? É, realmente o Instagram se tornou a principal rede quando se fala em influenciadores.

Antes, Facebook, YouTube e SnapChat e Twitter ocupavam esse lugar. Não que essas outras não sejam relevantes, até porque um influenciador precisa estar fragmentado, marcando presença em todas elas, para manter o ecossistema dos seus seguidores ativo e convergindo entre uma e outra, mas com o Instagram é diferente.

Virou o “standard” das redes sociais. Ali é onde todos postam um pouco da sua vida de uma maneira mais intimista, que deixa os seguidores mais próximos, se sentindo próximos e parte daquilo e os jovens adoram isso.

Anitta, a famosa mega star da música pop brasileira, possui cerca de 63 milhões de seguidores que anseiam ver os conteúdos da cantora, sua rotina, bastidores, photoshoots e tudo aquilo que os deixe mais próximos da artista, criando um vínculo muito forte.

A vitrine das marcas

Image of shocked two women friends standing isolated over pink background. Looking aside holding shopping bags using mobile phone.

Hoje as marcas possuem ferramentas incríveis para usar no Instagram e divulgar suas marcas. No orgânico há toda uma estratégia de conteúdo focada nos públicos alvos de cada uma. Nada ali é feito por acaso ou sem todo um estudo por trás, que embasa todas as decisões que serão tomadas em relação ao conteúdo.

Os jovens gostam de seguir e acompanhar as marcas que mais gostam. É como se, igual a situação dos influenciadores, gostassem de se sentir próximos.

Isso faz do Insta a melhor opção para as empresas que querem falar com os jovens. Não só o conteúdo orgânico, mas também o pago, que já faz parte do orçamento de muitas marcas que perceberam a importância do investimento.

Quer a confirmação de que é a melhor opção para as empresas? A opção do Instagram Shopping. Imagina um jovem que gosta da marca Vans, por exemplo. Ele acessa o perfil da marca — que é uma marca que gosta, usa e confia — começa a navegar, ver as postagens e acaba percebendo um modelo novo que foi lançado. Com a opção de compra dentro do próprio app basta ir até essa opção e já terá acesso a um e-commerce ali mesmo, dentro da própria plataforma. A chance de uma compra ser efetuada aumenta muito.

Quer dados que confirmam tudo isso? Seguem abaixo alguns dados de uma pesquisa realizada pela Opinion Box que demonstra um pouco esse cenário dos jovens no Instagram:

  • 15% dos jovens usa o Instagram para fazer compras;
  • 56% entram na rede várias vezes por dia;
  • 62% publicam mais stories do que conteúdo no feed;
  • 58% preferem ver stories do que o feed;
  • 86% seguem empresas no Instagram.

Viu só? Se a sua marca ainda não está ativa dentro dessa rede social está perdendo ótimas chances e oportunidades.

Conclusão

O fato é: os jovens estão no Instagram e essa é a rede social favorita deles. Estão dispostos a consumir conteúdo, acompanhar, assistir e até mesmo fazer compras dentro da rede. As marcas que se aventuram, fazem um bom planejamento e investem nisso, conseguem sim bons resultados.

Esse investimento não precisa nem mesmo ser financeiro. Se um bom conteúdo for criado, for realmente bom e relevante para o público, já é suficiente para começar a ter bons resultados. O que não pode ocorrer é deixar a rede de fora da estratégia digital.